segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Cursar pós-graduação no exterior ajuda a turbinar currículo


Em um mundo empresarial competitivo, cada vez mais jovens estão buscando cursos no exterior para turbinar o currículo e estar mais preparado para se destacar em um processo seletivo em multinacionais situadas em  todo o Brasil.

Atualmente  um grupo de 9.029 brasileiros estudam nos EUA, segundo estimativa da StudentUSA, instituição do governo americano que incentiva o intercâmbio estudantil. Deste total , 32,7% são alunos de pós-graduação (“stricto sensu” e “lato sensu”).

A área de negócios é a que concentra o maior percentual de estudantes brasileiros nos EUA: 26,3%. A maior parte deles está distribuída entre as universidades da Califórnia, Ilinois, Nova York,  Purdue e Columbia. O país é destaque ainda em Ciência da Computação, com 3,2% do total de estudantes brasileiros matriculados em cursos da área e com a melhor universidade do mundo: o Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
Assim como nos EUA, vários países tendem cada vez mais a concentrar estudantes de pós-graduação em áreas nas quais são considerados de referência, mesmo que suas universidades não apareçam em rankings mundiais ou que estejam abaixo dos primeiros lugares nas listas Times Higher Education e QS World University Rankings.
"Se você for a [universidade] número 20 num desses rankings em uma área, você ainda vai ter um curso super de primeira porque todas conseguem ser fortes", diz Rodrigo Gaspar, gerente de marketing do British Council. De acordo com ele, tradição e referência em uma área contam mais do que uma posição no ranking.
Prova disso é que dos atuais 1.600 brasileiros matriculados em universidades do Reino Unido, 1.200 fazem pós-graduação nos temas em que a região é considerada referência mundial: direito, relações internacionais, design e comunicação (esta última ao lado dos EUA). Nesses cursos, as universidades mais procuradas são: King's College, University College London, Universidade de Warwick, Universidade de Manchester e a University of the Arts London.
E outros exemplos são registrados em diversos campos de estudo. Em várias áreas da engenharia a Alemanha segue como maior foco de atração de estudantes, embora as quatro primeiras universidades no ranking da Times Higher Education sejam norte-americanas. Já a França é destaque nos ramos de aeronáutica e de engenharia nuclear, sendo o Institut Mines-Télécom um dos principais centros de estudo.
Na área de energia renovável, a Alemanha também é destaque no setor de energia solar fotovoltaica, com destaque para o Instituto Fraunhofer. Em eólica, a Dinamarca abriga o principal centro de pesquisa na área: a Universidade Técnica da Dinamarca. Já a Espanha é considerada referência em energia solar heliotérmica, com o Ciemat (Centro de Investigaciones Energéticas, Medioambientales y Tecnológicas) sendo um dos carros-chefes de pesquisa.
Célio Cunha, ex-assessor especial da Unesco para educação e professor de educação da Universidade Católica de Brasília, afirma que, mesmo nos dias atuais em que o país possui universidades de destaque no mundo, ainda é importante se especializar no exterior porque "a circulação internacional de conhecimento é vital". No entanto, ele fala que as referências mundiais mudam e que os estudantes devem ficar atentos a isso. "Hoje, a Austrália oferece excelente opções, e a Coréia do Sul é referência no mundo na formação de professores, por exemplo."
Fonte: Folha.com


Nenhum comentário:

Postar um comentário