Em
um mundo empresarial competitivo, cada vez mais jovens estão buscando cursos no
exterior para turbinar o currículo e estar mais preparado para se destacar em
um processo seletivo em multinacionais situadas em todo o Brasil.
Atualmente um grupo de 9.029 brasileiros estudam nos
EUA, segundo estimativa da StudentUSA, instituição do governo americano que
incentiva o intercâmbio estudantil. Deste total , 32,7% são alunos de
pós-graduação (“stricto sensu” e “lato sensu”).
A
área de negócios é a que concentra o maior percentual de estudantes brasileiros
nos EUA: 26,3%. A maior parte deles está distribuída entre as universidades da
Califórnia, Ilinois, Nova York, Purdue e
Columbia. O país é destaque ainda em Ciência
da Computação, com 3,2% do total de estudantes brasileiros matriculados em
cursos da área e com a melhor universidade do mundo: o Instituto de Tecnologia
de Massachusetts.
Assim como nos EUA, vários países
tendem cada vez mais a concentrar estudantes de pós-graduação em áreas nas
quais são considerados de referência, mesmo que suas universidades não apareçam
em rankings mundiais ou que estejam abaixo dos primeiros lugares nas listas
Times Higher Education e QS World University Rankings.
"Se você for a [universidade] número 20
num desses rankings em uma área, você ainda vai ter um curso super de primeira
porque todas conseguem ser fortes", diz Rodrigo Gaspar, gerente de
marketing do British Council. De acordo com ele, tradição e referência em uma área
contam mais do que uma posição no ranking.
Prova disso é que dos atuais 1.600
brasileiros matriculados em universidades do Reino Unido, 1.200 fazem
pós-graduação nos temas em que a região é considerada referência mundial:
direito, relações internacionais, design e comunicação (esta última ao lado dos
EUA). Nesses cursos, as universidades mais procuradas são: King's College,
University College London, Universidade de Warwick, Universidade de Manchester
e a University of the Arts London.
E outros exemplos são registrados em diversos
campos de estudo. Em várias áreas da engenharia a Alemanha segue como maior
foco de atração de estudantes, embora as quatro primeiras universidades no
ranking da Times Higher Education sejam norte-americanas. Já a França é
destaque nos ramos de aeronáutica e de engenharia nuclear, sendo o Institut
Mines-Télécom um dos principais centros de estudo.
Na área de energia renovável, a Alemanha
também é destaque no setor de energia solar fotovoltaica, com destaque para o
Instituto Fraunhofer. Em eólica, a Dinamarca abriga o principal centro de
pesquisa na área: a Universidade Técnica da Dinamarca. Já a Espanha é
considerada referência em energia solar heliotérmica, com o Ciemat (Centro de
Investigaciones Energéticas, Medioambientales y Tecnológicas) sendo um dos
carros-chefes de pesquisa.
Célio Cunha, ex-assessor especial
da Unesco para educação e professor de educação da Universidade Católica de
Brasília, afirma que, mesmo nos dias atuais em que o país possui universidades
de destaque no mundo, ainda é importante se especializar no exterior porque
"a circulação internacional de conhecimento é vital". No entanto, ele
fala que as referências mundiais mudam e que os estudantes devem ficar atentos
a isso. "Hoje, a Austrália oferece excelente opções, e a Coréia do Sul é
referência no mundo na formação de professores, por exemplo."
Fonte: Folha.com
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