Após um acordo do governo brasileiro, que precisava de mão-de-obra e o governo japonês, que precisa aliviar a tensão social no país causada por alto índice demográfico, mais de 700 imigrantes japoneses desembarcaram no Porto de Santos, vindo direto do Porto de Kobe e trazendo em suas bagagens esperanças e sonhos de prosperidade.
O primeiro navio a aportar no Brasil foi o Kasato Maru. Como a maioria dos japoneses que vieram para cá eram camponeses pobres, oriundos das províncias do norte e sul do Japão, a oportunidade que lhes apareceu fora trabalhar nos cafezais do oeste paulista, enquanto outros foram trabalhar na exploração da borracha na Amazônia e nas plantações de pimenta, que eles próprio trouxeram.
Com o passar dos anos, eles viram que aquele sonho de prosperidade e a possibilidade de enriquecimento rápido para voltarem para sua terra natal, não eram as suas realidades. Então, aos poucos foram criando parcerias e cooperativas entre si, a fim de defender seus próprios interesses, adquirindo com o tempo terras próprias e desenvolvendo técnicas de produção agrícola.
Após a Primeira Guerra Mundial, a situação econômica do Japão piorou, intensificando o número de imigrantes. Como então os EUA, fechara as portas de seu país para a imigração, inclusive a japonesa, o Brasil se tornou o centro.
Mas após tentarem criar uma lei que restringia a entrada de orientais no país, que por forças maiores não entrou em vigor, a imigração japonesa estagnou após a Segunda Guerra Mundial.
Com o fim da guerra, os nikkeis, como eram chamados os imigrantes orientais, começaram a deixar de ser mão de obra barata e ter acesso as escolas públicas. A partir dos anos 60, começaram a surgir famílias japonesas que administravam o seu próprio negócio, geralmente o homem trabalhando como feirantes, quitandeiros e tintureiros e as mulheres como costureiras e em salões de beleza. Já no começo dos anos 70 era comum ver casamentos entre japoneses e brasileiros.
Atualmente a colônia japonesas possuí mais de 1.200.000 nikkeis ( japoneses nativo e nascidos) no Brasil, sendo dividos em 12,51% de isseis (nativos do Japão); 30,85% de nisseis (filhos), 12,95% de sanseis (netos) e 41,33% de yoseis (bisnetos) onde 42% destes são mestiços, pois a maior população nipônica fora do Japão se encontra no Estado de São Paulo.
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