terça-feira, 2 de agosto de 2011

A HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA

O surgimento da língua inglesa vem de um  passado bem distante com uma história bem complexa.
Sua história começa com os Celtas, povo que já habitava a Europa entre os séculos  de 700 a.C. a 100 d.C. nas regiões hoje conhecidas como Espanha, França, Alemanha e Inglaterra. Seu dialeto provinha de línguas indo-européias.
Por volta de 55 a.C. ocorreram as primeiras invasões romanas, lideradas por Júlio César e somente em 44 d.C acontece a terceira invasão às terras britânicas, quando a ilha é anexada ao Império Romano. É a partir deste momento que o latim começa a exercer influência na cultura celta-bretã e suas palavras naturalmente passaram a ser usadas  para muitos dos novos conceitos.
Mais adiante, as legiões romanas tiveram que retornar à Roma devido  às dificuldades enfrentadas pelo império, deixando os celtas à mercê de seus inimigos (os Scots e os Picts). Dessa maneira, os Celtas recorreram às tribos germânicas (Jutes, Angles, Saxons e Frisians) para obter ajuda. Porém, de forma oportunista, esses povos de aliados tornaram-se invasores, destruindo vilas e massacrando a população local.
É nesse momento que, os dialetos germânicos falados pelos anglos e saxões que vão dar origem ao inglês. A palavra England originou-se da palavra Angle-land (terra dos Anglos) e é a partir daí que a história da língua inglesa se divide em três períodos: Old English, Middle English e Modern English.
A metade do século V é marcada pelo inicio do Old English, onde o processo de cristianização é divulgado pelos missionários liderados por St. Patrick e Sto. Agostinho, marcando o início da influência do latim sobre a língua, introduzindo um vocabulário novo referente à religião e adaptação do vocabulário anglo-saxão para cobrir novos significados.
Ao final do século VIII, a ilha sofreu muitas invasões de Vikings, que falavam o Old Norse, ancestral do dinamarquês, que naturalmente exerceu uma certa influência sobre o Old English. Esse período durou até o ano de 1100 d.C.
Em 1066, um evento histórico teve grande influência no Old English para a sua passagem para o Middle English. O Duque de Normandia, William, travou uma batalha com o Rei Harold, conhecida como a Batalha de Hastings.  A guerra terminou com a morte do rei e de seus irmãos, além de mais de 2000 soldados ingleses. O regime instaurou a centralização da conquista pela força e naturalmente pela língua dos conquistadores: o dialeto francês denominado Norman French, que teve grande influência nos costumes ingleses. Durante os 300 anos seguintes, a língua da aristocracia inglesa foi o francês, que também se tornou condiçâo para àqueles que almejavam ascensão social na classe dominante.
Iniciada em 1100 d. C. o Middle English teve forte influência da língua francesa, que resultou num aporte considerável de vocabulário. Mas com o passar dos tempos, entre disputas dos normandos das ilhas e do continente gerou um sentimento de nacionalismo que cresceu próximo ao século XV, deixando evidente a hegemonia inglesa, substituindo em documentos oficiais e literatura nacional o latim e até mesmo o francês. Porém pequenas diferenças dialetais resultantes desta simbiose podem ser observadas atualmente.
Em 1500 d.C surge  o Modern English, que representou um período de padronização e unificação da língua. O advento da imprensa em 1475 e a criação de um sistema postal em 1516, possibilitaram a disseminação do dialeto, trazendo o alfabetismo à classe média.
Esse processo de padronização, resultou no século XVIII as publicações de dicionários e de uma língua literária fortíssima, tendo como seu maior representante William Shakespeare. Desde então a língua inglesa pouco mudou em  sua ortografia, enquanto sua pronúncia sofreu grandes transformações.
Essas diversidades de influência explica o fato da língua inglesa ser menos sistemática e regular em comparação às línguas latinas, pois desde o início da era cristã até o século XIX, foram falados seis idiomas na Inglaterra.

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