Entre os dias 15 e 19 de setembro acontece umas das manifestações mais antigas da cultura popular da região Amazônica. O Sairé. Uma festa que tem suas origens nas missões evangelistas dos padres Jesuítas. A manifestação tem 300 anos e mistura músicas e danças das etnias indígenas do local, pois esses eram os caminhos culturais encontrados pelos padres para se aproximar dos índios e os evangelizar. A simbologia cristã se funde aos traços culturais indígenas durante a festa.
Realizada na Vila de Alter do Chão, vilarejo localizado próximo a cidade de Santarém, no oeste do Pará, a festa é representada pelo Símbolo de Sairé. Um semicírculo envolvido por algodão, flores e fitas coloridas que ostenta quatro cruzes e a imagem de uma pomba, representando o mistério da Santíssima Trindade.
Acompanhado por uma procissão que segue até as praias de Alter do Chão esse estandarte que é carregado por uma mulher chamada de Sairapora, o símbolo é então fincado nas areias, onde por costume os indígenas recebiam os portugueses que chegavam à costa, permanecendo lá durante todo o período de festividade.
Ao longo dos anos a festa, que era meramente religiosa, foi ganhando novos contornos sendo agregados aos costumes dos moradores locais. E a noite da cerimônia, onde são realizadas as ladainhas e rezas, começou a abrir espaços para apresentação de shows artísticos e danças folclóricas, como o encontro dos botos Tucuxi e Cor de Rosa, que ocorre no alto da comemoração.

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