Até uns anos
atrás, quando algum estrangeiro decidia aprender português, de duas uma: ou
tinha um relacionamento amoroso com algum brasileiro ou se interessava por
algum aspecto da cultura do país, como a música. Nos últimos anos esse quadro
vem mudando.
Universidades
e escolas de idiomas de diversos países têm registrado não só um aumento da
procura pelos cursos que ensinam o bê-a-bá da língua de Assis, como também uma
mudança no perfil dos alunos. Desde 2008, o Português vem sendo listado como um
dos idiomas prioritários na pesquisa feita pela Confederação Britânica da
Indústria (CBI), maior lobby empresarial britânico, para identificar quais
habilidades dos trabalhadores podem ser úteis para os negócios. Recentemente, nos
EUA, a revista especializada em educação Language Magazine notou como o
boom na procura pelo português em universidades norte-americanas gerou uma
demanda ainda não atendida por mais professores, livros didáticos avançados e
dicionários especializados, como o vocabulário comporativo.
Segundo a
organização Modern Language Association, existem nos Estados Unidos mais de 10
mil alunos matriculados em cursos de português, havendo um crescimento anual de
cerca de 10% desde 2006. Além disso, também tem aumentado a procura de jovens estrangeiros
por cursos de imersão no Brasil, principalmente nas cidades de São Paulo, Rio
de Janeiro e Maceió. De acordo com alguns professores e instituições, a mudança
neste perfil de estudantes foi motivada pelo
crescimento de três grupos em particular. Primeiro: jovens profissionais
interessados em aprender português para melhorar suas perspectivas de carreira.
Segundo: funcionários de empresas estrangeiras que expandiram seus negócios no Brasil. Terceiro:
brasileiros expatriados com a
preocupação em garantir que seus filhos também tenham um bom nível na língua
portuguesa.
Fonte: O
Estado.
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