terça-feira, 17 de julho de 2012
Brasileiros perdem oportunidade por falta de domínio em inglês.
Apesar de o número de pessoas estudando inglês no Brasil ter crescido, o domínio do idioma ainda deixa a desejar, segundo especialistas e pesquisas na área. "Várias oportunidades foram perdidas pelo Brasil por falta de profissionais com domínio em inglês", afirma Rone Costa, gerente de desenvolvimento da Cambridge ESOL Examinations no Brasil. "Eram empresas que tinham no país, mas acabaram optando pela
Costa Rica e Argentina para levar projetos para lá por falta de mão-de-obra qualificada".
Em se tratando de fluência, o Brasil atualmente perde para cinco países da América Latina no índice mundial de proficiência em inglês feito pela Education First (EF). Entre 2007 e 2009, mais de 2 milhões de estudantes de inglês de 44 países foram avaliados e os brasileiros ficaram na 31ª posição, no limite entre as categorias "proficiência
baixa" e "proficiência muito baixa". O Brasil perdeu para Argentina, México, Costa Rica, Guatemala, El Salvador, além de, Malásia e Arábia Saudita.
O ensino no Brasil, porém, está em expansão. A educação em geral vem ocupando cada vez mais espaço no orçamento das famílias. De acordo com a pesquisa do Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (FIA), as intenções de gastos da Classe C paulista com educação, no segundo trimestre deste ano, foi de 21,8%, da renda familiar, superando outros gastos inclusive a alimentação.
Com a realização da Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016, uma parte da sociedade que antes não era inclusa, geralmente trabalhadores ou prestadores de serviços de baixa renda, agora consegue buscar este tipo de especialização. Cursos de inglês adaptados na rotina do trabalhador vem sendo procurados. "Mas o aluno deve prestar atenção", diz o Coordenador da Louder Idiomas, Eduardo Castilho, "pois o conhecimento gramatical no idioma é o que fará ele ter desenvoltura no dia a dia de sua profissão e adaptá-la ao novo idioma. O curso irá lhe dar todas as ferramentas para a sua proficiência, mas apenas a prática da língua, a determinação do aluno e o tempo de maturidade com o idioma é que dará a fluência", salienta.
Segundo um estudo da Fundação Internacional para Pesquisa sobre o ensino de Língua Inglesa (Tirf, em inglês) divulgada no dia 11/07, o futuro do ensino de idiomas tende a ser cada vez mais personalizado às necessidades específicas de cada aluno. Castilho ressalta que o mercado hoje está muito dinâmico e se as empresas não se adaptarem a esse novo tipo de consumo (personalizado), elas acabarão sucumbindo. "Já atendemos desde alunos que queriam fazer apenas 1 aula para treinar o seu inglês antes de ir para uma entrevista de emprego até aquele que não tinham conhecimento no idioma e gostaria de viajar para o exterior no final do curso, independente de onde seja, na escola, na residência do aluno ou em sua empresa".
Os dados levantados em 20 países, inclusive o Brasil, apontam para uma "crescente especificação e personalização no ensino de inglês".
Fonte: http://www.g1.globo.com/
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